terça-feira, 17 de agosto de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O LIVRO DIGITAL... E AS POLÊMICAS

A tecnologia móvel tende a diminuir a produção de livros, que serão substituídos por e-readers, como o iPad e o Klinde, que já conhecemos. É o que dizem os teóricos sobre o futuro do livro impresso. A leitura não cessará, mas haverá outras plataformas para a transmissão do conhecimento por escrito, e adaptadas a novas necessidades. Ainda que muitos prevejam a "morte anunciada" do papel, a Bienal Internacional do Livro entende que apreender essas novas tecnologias e inseri-las no contexto do mercado editorial é importante para que não haja perdas nem para os editores, nem para os leitores. Esse é o motivo do Fórum Internacional do Livro Digital, que precede a feira literária de São Paulo e está atrelado à sua programação oficial. Ele acontece nos dias 10 e 11 de agosto no auditório Elis Regina, no Parque Anhembi.

A primeira palestra será do americano Mike Shatzkin, fundador e CEO da The Idea Logical Company, expert em toda cadeia produtiva do livro (redação, edição, agenciamento, venda, marketing, produção e gestão). No blog The Shatzkin Files, ele publica textos sobre o impacto da mudança digital no mercado de livros. No segundo dia, o britânico John B. Thompson falará sobre a transformação da indústria editorial do livro. Ele é autor de Books in the Digital Age (Livros na Era Digital ainda não traduzido para o português) e professor de sociologia da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Thompson pesquisa a sociologia da mídia e da cultura moderna, a organização social das indústrias da mídia e o impacto social e político de tecnologias de informação e comunicação. Para fechar o fórum, o convidado é Jean Paul Jacob, engenheiro eletrônico brasileiro que profetizou o fim do livro, a exemplo do que já havia feito na década de 1980, quando decretou o fim do vinil diante do aparecimento de CDs e DVDs. É pesquisador emérito da IBM e cientista consultor residente na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.


iPad, um dos e-readers que os visitantes poderão manipular na Bienal do LivroNa Bienal propriamente dita, a tecnologia e cultura digitais estarão presentes em debates e no espaço digital da Impresa Oficial do Estado de São Paulo. Lá, os visitantes poderão manipular cerca de 50 equipamentos de leitura digital e de navegação pela Internet, os e-readers. O estande terá conexão wi-fi e o acesso será livre, sem restrição de tempo. Além dos livros da Imprensa Oficial, será possível consultar títulos de outras editoras. Entre as atividades culturais, três mesas abordarão a produção literária no ambiente digital e o próprio livro virtual. No dia 19, às 15h, a mesa "Diversão virtual" terá Angela-Lago e Marisa Lajolo em debate sobre futuro do livro infantil na era digital. No mesmo dia, às 19h, "Literatura em miniatura" traz escritores experimentais que conversarão sobre o microconto e do impacto de blogs e Twitter sobre a ficção contemporânea (com Marcelino Freire, Fabrício Carpinejar, Verônica Stigger e Michel Laub). No dia 21, às 13h, o tema é "O romance fora da página", em que Ana Maria Machado (autora infanto-juvenil), Moacyr Scliar (autor de romances inspirados na Bíblia) e Contardo Calligaris (psicanalista que mergulhou na ficção) discutem para onde vai a subjetividade do escritor e do leitor.

De olho na Bienal e no Forum

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1209 – Anhembi
Período: de 12* a 22 de agosto de 2010 (o dia 12 é dedicado a profissionais do livro)
Horário: das 10h às 22h (dia 22 com entrada até as 18h)
Ingressos: R$ 10,00, R$ 5,00 (estudantes) e gratuita (professores, profissionais da cadeia produtiva do livro, bibliotecários, estudantes inscritos pelo sistema de visitação escolar programada, maiores de 60 anos ou crianças com até 12 anos)
Acesso: Ônibus gratuito na estação Tietê do Metrô e no estacionamento Unipare (Rua Voluntários da Pátria, 344)
Site: www.bienaldolivrosp.com.br

Fórum Internacional do Livro Digital
Local: Auditório Elis Regina, Complexo Parque Anhembi
10 de agosto
20h – Abertura oficial do Fórum Internacional do Livro Digital.
20h – 21h30 – Palestra ― O futuro do livro impresso num mundo digital, de Mike Shatzikin. 11 de agosto
8h30 – 10h – Palestra ― Os livros na Era Digital, de John B. Thompson.
18h00 – 19h30 — Palestra ― O Futuro já não é mais o que era!, de Jean Paul Jacob.
Inscrições: digital@cbl.org.br

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

terça-feira, 10 de agosto de 2010

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NOVIDADE!!!! INCLUA SUA ESCOLA NESTA...

Crianças e adolescentes estão cada vez mais conectados às chamadas “telas digitais”: Internet, celular, televisão e videogames. Com que frequência e de que forma costumam utilizá-las em seu cotidiano? Para analisar esse fenômeno e chamar a atenção de pais e educadores para a importância da mediação educativa, nasce o projeto iberoamericano Gerações Interativas, idealizado pela Universidade de Navarra (ES) em parceria com a Telefônica. O Gerações Interativas tem como principal ação a realização de uma pesquisa bianual de caráter comportamental em escolas espanholas e latino-americanas que visa conhecer em detalhe o quanto os alunos de 6 a 18 anos estão envolvidos com as mídias digitais, e os respectivos impactos desse hábito nos meios familiar e escolar.
PARA SABER MAIS, CLIQUE NO LINK DA EDUCARED AQUI NESTE BLOG.

Rafinha 2.0

terça-feira, 6 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

Os novos gêneros da era digital

Novos gêneros e velhas bases

Como afirmado, não é difícil constatar que nos últimos dois séculos foram as novas tecnologias, em especial as ligadas à área da comunicação, que propi¬ciaram o surgimento de novos gêneros textuais. Por certo, não são propria¬mente as tecnologias per se que originam os gêneros e sim a intensidade dos usos dessas tecnologias e suas interferências nas atividades comunicativas diárias. Assim, os grandes suportes tecnológicos da comunicação tais como o rádio, a televisão, o jornal, a revista, a internet, por terem uma presença marcante e grande centralidade nas atividades comunicativas da realidade social que ajudam a criar, vão por sua vez propiciando e abrigando gêneros novos bastante característicos. Daí surgem formas discursivas novas, tais como editoriais, artigos de fundo, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens, teleconferências, videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas (e-mails), bate-papos virtuais, aulas virtuais e assim por diante.
Seguramente, esses novos gêneros não são inovações absolutas, quais cria¬ções ab ovo, sem uma ancoragem em outros gêneros já existentes. O fato já fora notado por Bakhtin [1997] que falava na 'transmutação' dos gêneros e na assi¬milação de um gênero por outro gerando novos. A tecnologia favorece o surgimento de formas inovadoras, mas não absolutamente novas. Veja-se o caso do telefonema, que apresenta similaridade com a conversação que lhe pré-existe, mas que, pelo canal telefônico, realiza-se com características próprias. Daí a dife¬rença entre uma conversação face a face e um telefonema, com as estratégias que lhe são peculiares. O e-mail (correio eletrônico) gera mensagens eletrônicas que têm nas cartas (pessoais, comerciais etc.) e nos bilhetes os seus antecessores. Contudo, as cartas eletrônicas são gêneros novos com identidades próprias, como se verá no estudo sobre gêneros emergentes na rnídia virtual.
Aspecto central no caso desses e outros gêneros emergentes é a nova relação que instauram com os usos da linguagem como tal. Em certo sentido, possi¬bilitam a redefinição de alguns aspectos centrais na observação da linguagem em uso, como por exemplo a relação entre a oralidade e a escrita, desfazendo ainda mais as suas fronteiras. Esses gêneros que emergiram no último século no contexto das mais diversas mídias criam formas comunicativas próprias com um certo hibridismo que desafia as relações entre oralidade e escrita e inviabiliza de forma definitiva a velha visão dicotômica ainda presente em muitos manuais de ensino de língua.
Marcuschi - Gêneros textuais : definição e funcionalidade http://www.proead.unit.br/professor/linguaportuguesa/arquivos/textos/Generos_textuias_definicoes_funcionalidade.rtf

“Homo zappiens” na era digital.

O que é Homo Zappiens?????
É o retrato da emergência de um novo tipo de sujeito, chamado por Veen & Vrakking de “Homo zappiens” na era digital.Em geral, zapear é um método para aumentar a densidade de informações interessantes no menor tempo possível; é uma forma eficiente de gerenciamento do tempo.(Veen &Vrakking, 2009).O “homo zappiens” não
apenas representando uma geração que faz as coisas de maneira diferente mas como grande um expoente das mudanças sociais relacionadas à globalização, à individualização e ao uso cada vez maior da tecnologia em nossa vida.
Hoje não somos simples navegadores de sítios virtuais, como leitores imersivos de uma década atrás, mas estamos nos aperfeiçoando também como escritores da grande rede mundial de computadores, através de uma participação mais colaborativa.
Os usos dessas tecnologias influenciaram o modo de pensar e o comportamento do Homo
zappiens. Para ele, a maior parte da informação que procura está apenas a um clique de distância, assim como está qualquer pessoa que queiram contatar. Ele tem uma visão positiva sobre as possibilidades de obter a informação certa no momento certo, de qualquer pessoa ou de qualquer lugar.(pp. 30-31)

Robson Santos de OLIVEIRA (UFPE)
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/g-l/internet-e-ensino.pdf

Letramento Digital: cultura oral, cultura escrita e cultura digital?

O ciberespaço determina o modo de inscrição dos sujeitos e impõe uma tripla ruptura
no universo discursivo: “uma nova técnica de inscrição e divulgação do escrito; uma nova relação com os textos e uma nova forma de organização” . O trabalho da escola, em suas relações com o hipertexto, deve, segundo Grigoletto, se dar nesse entremeio; no sentido da construção do processo de autoria, tanto na passagem do discurso da oralidade para o da escrita escolar, quanto na legitimação do discurso da internet, onde se pode e deve admitir a irrupção do discurso da oralidade no discurso da escrita.
No entremeio entre as determinações da escola e do ciberespaço, é preciso que “a escola pense sobre as peculiaridades, as marcas, os sentidos da escrita virtual, conduzindo o aluno na passagem de um ambiente a outro no processo de autoria”.
É fundamental o papel do professor, a partir de sua própria tomada de posição quanto à concepção de linguagem, na constituição do sujeito-aluno em sujeito-autor.
Propondo determinadas práticas, em detrimento de outras, são produzidas diferentes relações de dominância na relação escola/ciberespaço, que resultam em possibilidades de reconfiguração do funcionamento discursivo-social escolar, a partir do funcionamento do ambiente educacional informatizado.
São os modos específicos de proposição das atividades que permitirão o entrelaçar dos movimentos que vão da oralidade à escrita na escola e da escrita à oralidade no ciberespaço.Daí a importância de realizar práticas de leitura, escritura e reescritura de textos digitais e do hipertexto, bem como efetivar o pertencimento às redes virtuais.
Angela Maria Plath da COSTA (UFRGS)
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/a/a-inclusao-digital.pdf

Lugar de produção e transformação do conhecimento?

O que fazer e como fazer no ambiente informatizado escolar, a fim de que funcione como lugar de produção e de transformação do conhecimento?
Como se dá a inscrição do sujeito-aluno nos saberes dispersos no hipertexto, bem como a reorganização destes saberes? As práticas discursivas a partir da leitura do ciberespaço possibilitam ao aluno perceber a si mesmo como sujeito, constituído
através da linguagem, na especificidade entre as determinações do ciberespaço e do próprio ambiente educacional. Por meio das relações que se dão no encontro entre a
escola e o ciberespaço, instituem-se novos modos de produção das atividades de ensino da linguagem, mediante as possibilidades de acesso ao hipertexto, ou novas condições de produção de leitura e escrita. Isso significa a possibilidade de reconfiguração nas práticas de ensino, ou de transformar os modos de identificação do sujeito aos saberes admitidos pela instituição escolar.

Angela Maria Plath da COSTA (UFRGS) Fragmentos de texto
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/a/a-inclusao-digital.pdf

O ambiente virtual e a construção da identidade

Os estudos sobre identidade não são recentes. Desde os meados do século XVI, já
havia uma preocupação, principalmente pelas correntes filosóficas, em analisar o indivíduo e o seu ‘eu’. Esses estudos estavam basicamente voltados para uma identidade mais individual.Era uma abordagem sobre a essência do eu humano, sobre a visão que cada um tinha de si mesmo.
O estudo de identidade, numa perspectiva mais moderna, apresenta uma concepção
fragmentada do ‘eu’. É a identidade formada pela aproximação de vários outros ‘eus’.
Considerando essa identidade coletiva, em que o homem se reconhece pertencente a
um grupo, a uma região, a uma cultura, com a globalização, muitas dessas marcas de
pertencimento passam a ser afetadas. Esse fenômeno, que teve como principal motivo o
desenvolvimento econômico, tem atingido áreas como a cultura, a língua, e uma série de outros elementos que serviam como parâmetros para percepção de uma identidade.
Em um processo simultâneo a essa globalização, surge o grande desenvolvimento da tecnologia midiática, que propicia, de forma eficaz, que esse indivíduo viva elementos diferentes do mundo inteiro. As contribuições de alguns elementos da modernidade têm sido responsáveis pela formação cada vez mais fluida da identidade do homem: um indivíduo que tenta expressar (implícita ou explicitamente) características que deem a entender o que realmente é, ou o que quer que os outros pensem que ele é.
É nesse cenário conflituoso de identidade que surge a Internet. À medida que o
domínio dessa ferramenta vai se cristalizando na sociedade, maior instrumento de
representação de diversas identidades passa a ser.
Não querendo entrar em pormenores, mas sabemos que o esforço para alcançar um
sujeito com padrões estabelecidos, manifestados através do poder (financeiro, físico, status)tem sido o ponto de conflito na construção de uma identidade autêntica. Por esse motivo, a necessidade de criar um indivíduo ‘ideal’, passa a suscitar inúmeras estratégias de adequação.
Entre os elementos caracterizadores do chat, os nicknames, ou nicks apresentam uma
significação que vai além de uma estrutura formal. Grosso modo, sua função, seja qual for a categoria do chat, é identificar o participante daquele bate –papo. É reconhecido como nick, por ser uma espécie de apelido com o qual o interactante deseja ser reconhecido. Se, a princípio, o nick servia apenas como uma identificação disfarçada, para ‘preservar a face’ do sujeito, conforme a apropriação da ferramenta por esse usuário e o desenvolvimento dos mecanismos tecnológicos, outras atribuições foram acrescentadas ao nick. Marcuschi ( 2004,p. 44) já indicava a importância do estudo dos nicks em chats.Este aspecto etnográfico merece estudo específico, porque revela uma importante faceta oculta de nossa sociedade contemporânea reprimida e que agora aflora no anonimato das salas de bate-papo. Seguramente esses nomes não são gratuitos e têm um ‘valor discursivo’ (...)
Considerando que a ‘aparência ’numa sala de bate-papo estará vinculada à sua
descrição verbal de si mesmo, o nick passa a ser a primeira impressão que se quer dar de si.
Essa manifestação de sua imagem para o outro, num chat aberto, será determinante para
despertar o interesse,de acordo com a sala de que participa.
Anelilde LIMA - UFPE (Fragmentos de texto)
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/a/a-construcao-da-identidade.pdf

O sujeito no Orkut apresenta a imagem de si por meio da autodescrição, mas também por meio de outros recursos, como fotos, relação dos amigos, recados postados, comunidades das quais o sujeito participa e os depoimentos a seu respeito. A construção da imagem de si na rede de relacionamento depende não só do discurso do sujeito, mas também da sua relação com o Outro, que contribuirá para confirmar ou negar a imagem pretendida pelo usuário.
Angela Valéria Alves da SILVA (UFPE)
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/a/a_construcao_de_imagens.pdf

O potencial pedagógico da internet

De acordo com o Livro do 3o ano (Protagonismo Social: Cidadania e Educação Digital) do Projecta "O professor deve adotar critérios de avaliação de sites e metodologias de tratamento de informações, para que o aluno não se prenda à prática do copiar e colar e desenvolva competências de pesquisa e produção textual, partindo das informações obtidas na internet, relacionando-as com a leitura de mundo que ele fará com base em suas viviências. O diagrama da página 21 é um exemplo de como o acesso à internet pode ajudar a desenvolver a autonomia dos alunos na pesquisa e na aquisição do conhecimento, desde que o uso desse recurso seja bem orientado para trabalahr atitudes de indepêndencia e de responsabilidade. Educar na sociedade digital não é apenas ensinar como se usar os recursos tecnológicos, é também educar paa a utilização dos meios digitais de forma ética, levando ao conhecimento do aluno também os aspectos jurídicos relacionados à utilização de tais meios.

Papel do professor na era digital

O Professor é uma ponte entre o conhecimento legitimado pela escola (conteúdos curriculares) e os conhecimentos que vêm de fora da escola?
Deixe aqui seus comentários sobre esta questão.

Música "Pela Internet" de Gilberto Gil

Inclusão Digital - Construindo a cidadania bit por bit

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Vídeo Comunitário sobre o trabalho de inclusão digital realizado na Casa da Criança no Morro da Penitenciária em Florianópolis, Produzido por Rafael Pessi e Gabriela Maes, estudantes de Jornalismo da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), em Junho de 2008.

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