sábado, 3 de abril de 2010

Letramento Digital: cultura oral, cultura escrita e cultura digital?

O ciberespaço determina o modo de inscrição dos sujeitos e impõe uma tripla ruptura
no universo discursivo: “uma nova técnica de inscrição e divulgação do escrito; uma nova relação com os textos e uma nova forma de organização” . O trabalho da escola, em suas relações com o hipertexto, deve, segundo Grigoletto, se dar nesse entremeio; no sentido da construção do processo de autoria, tanto na passagem do discurso da oralidade para o da escrita escolar, quanto na legitimação do discurso da internet, onde se pode e deve admitir a irrupção do discurso da oralidade no discurso da escrita.
No entremeio entre as determinações da escola e do ciberespaço, é preciso que “a escola pense sobre as peculiaridades, as marcas, os sentidos da escrita virtual, conduzindo o aluno na passagem de um ambiente a outro no processo de autoria”.
É fundamental o papel do professor, a partir de sua própria tomada de posição quanto à concepção de linguagem, na constituição do sujeito-aluno em sujeito-autor.
Propondo determinadas práticas, em detrimento de outras, são produzidas diferentes relações de dominância na relação escola/ciberespaço, que resultam em possibilidades de reconfiguração do funcionamento discursivo-social escolar, a partir do funcionamento do ambiente educacional informatizado.
São os modos específicos de proposição das atividades que permitirão o entrelaçar dos movimentos que vão da oralidade à escrita na escola e da escrita à oralidade no ciberespaço.Daí a importância de realizar práticas de leitura, escritura e reescritura de textos digitais e do hipertexto, bem como efetivar o pertencimento às redes virtuais.
Angela Maria Plath da COSTA (UFRGS)
http://www.ufpe.br/nehte/hipertexto2009/anais/a/a-inclusao-digital.pdf

Nenhum comentário:

Postar um comentário